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Disposição para a vida e para o consumo

Atualizado: 3 de ago. de 2019


A população de brasileiros com mais de 60 anos cresce a olhos vistos no – e se destaca pela disposição para a vida e para o consumo


Comemorado em 1º de outubro, o dia do Idoso acende um

alerta no varejo brasileiro: a população com mais de 60 anos cresce continuamente – e deve ultrapassar a marca de 30 milhões de indivíduos em 2025, segundo dados do IBGE.

Mesmo com tal contingente, o mercado brasileiro ainda dá os primeiros passos para atender às demandas desses consumidores, que buscam cada vez mais autonomia e

independência e que têm, sim, dinheiro para consumir.

A consultoria Escopo, uma empresa especializada em Geomarketing, fez um levantamento recente com brasileiros acima de 50 anos. Suas projeções demonstram que, em 2013, essa fatia gastou algo em torno de R$ 1 trilhão — 34% do total gasto pela população inteira. Já o Data Popular afirma que eles reúnem um potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional.

Números e Perspectivas

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgou, em

setembro, um estudo em parceria com o portal de educação

financeira, Meu Bolso Feliz, realizado com idosos de 27

capitais. A pesquisa revela que o consumidor da terceira

idade está mais disposto a gastar – principalmente com

“produtos que desejam” (41% dos entrevistados) – e que

enfrentam dificuldades para encontrar os produtos para

sua faixa etária (45%). A queixa atinge, especialmente,

as mulheres (47%) e aqueles que têm entre 70 e 75 anos

(51%), e consideram os setores de vestuário, eletrônicos,

locais para lazer, turismo exclusivo e cosméticos. Esses

consumidores costumam ser mais exigentes com a qualidade

dos produtos e serviços - mais da metade (52%) dos

entrevistados alega dar mais valor à qualidade dos produtos,

mesmo que seja preciso pagar mais caro por isso – e

mantém o hábito de ir ao ponto-de-venda, mesmo os que já

têm alguma familiaridade com a internet e as redes sociais.

“Essa parcela da população sente falta de peças não

estereotipadas e que não os façam se sentir inadequados

para a idade que têm”, afirma a economista-chefe do

SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Os brasileiros têm maior

expectativa de vida, estão envelhecendo com mais saúde

e buscando planejar mais seu futuro”, destaca a professora

da Pós-Graduação da ESPM, Tania Zahar Mine.

Considerando algumas limitações que os idosos

apresentam – como questões relativas à mobilidade, perda

de agilidade física, dificuldade de visão – é certo afirmar

que os shoppings deveriam oferecer serviços que facilitem

o deslocamento dos idosos com carrinhos elétricos, cadeira

de rodas, serviços de leva e traz. “Dependendo da renda

do público, é interessante ter profissionais habilitados

que possam prestar um serviço de ‘personal shopper’,

uma espécie de acompanhante para: ajudar na escolha

das lojas e artigos, carregar as compras, fazer companhia ao idoso, etc.”, enumera Tania. “Além disso, é muito

importante estabelecer programas de relacionamento que possam oferecer benefícios a clientes frequentes”, exemplifica a especialista.

Publicado originalmente:

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